Edição Jul-Ago 2024 Publicado em: 05 setembro 2024 | 15:48h

“Com a Patologia Clínica, me encontrei dentro da medicina”

Entrevista com Caio Pupin Rosa, residente de patologia clínica

O futuro médico patologista clínico, Caio Pupin Rosa, sempre gostou mais do “pensar médico” do que implementar tratamentos. A residência médica em Patologia Clínica foi a resposta que buscava para o seu atuar na Medicina. Rosa explica que com a especialidade é possível oferecer uma visão mais estratégica para o paciente. “É uma especialidade coringa”, complementa.

 

Mas para chegar a essa conclusão, teve que enfrentar alguns percalços, como por exemplo, o desconhecimento quase total da especialidade durante o seu curso de graduação. Formado em Medicina na Universidade Federal de Alfenas (MG), o residente conta que não houve um contato direto com a Patologia Clínica.”Na grade do curso de medicina não há a disciplina específica, ela faz parte de uma matéria chamada Diagnóstico Médico, que não tinha muita relação com a área laboratorial”.

 

Antes de encontrar a sua residência médica, Pupin Rosa fez um mestrado em Ciências Biológicas e aí sim partiu para buscar a área da residência que estava mais alinhada com o que gosta na Medicina: “O olhar clínico, o pensar médico. E hoje eu tenho certeza como a patologia clínica agrega na graduação, principalmente na questão de diagnóstico diferencial, e até mesmo no diagnóstico individualizado da pessoa”, ressalta.

 

Como é a residência médica em Patologia Clínica? 

 

A Universidade Federal de Minas Gerais foi a escolhida por Pupin para a sua residência médica. E ele explica alguns dos diferencias da especialidade: 

 

“É uma residência um pouco diferente, por exemplo, nas áreas de propedêutica complementar, pois todas são de acesso direto para as grandes áreas, como Radiologia, Anatomia Patológica. A Patologia Clínica é a única que você aguarda um ano se dedicando a clinicar mesmo, ou seja, atender pacientes”. 

 

O estudante enxerga que isso é um pré-requisito fundamental para que os residentes possam entender bem os exames, saibam indicar e interpretar. “É um grande diferencial”, destaca. 

 

No início da sua residência médica, Pupin conta que o médico Leonardo Vasconcellos, diretor de Ensino da SBPC/ML, era o chefe do departamento, e ele foi o determinante link que o levou a conhecer as atividades da Sociedade e também à sua primeira visita ao CBPC/ML, em 2023. 

 

Caio Pupi

 

Desde então, o futuro patologista clínico já usufruiu das muitas regalias que a Sociedade oferece aos residentes da área, como ler os livros disponíveis gratuitamente, fazer cursos EAD, participar da jornada mineira e também aproveitar os descontos para participar do Congresso anual. 

 

“Os eventos da Sociedade serviram para aumentar o meu networking. Conheci grandes nomes nacionais da Patologia Clínica, além de pessoas recém-formadas e outros residentes”, relata Pupin, que já é presença garantida em Salvador!

 

Nos três anos de residência médica, os alunos passam por atendimento na pediatria e na clínica médica, tendo a oportunidade de atuar com crianças, adultos e idosos. Além disso, circulam por todas as grandes áreas laboratoriais, como Bioquímica, Hematologia, Imunologia, Microbiologia, Líquidos Corporais etc.

 

Como vê o futuro de um patologista clínico?

 

Para Caio Pupin Rosa, a área surpreende pela multiplicidade de conhecimento e a transdisciplinaridade necessária  para se chegar em uma resposta: “as empresas que têm um patologista clínico no departamento agregam mais valor ao time, por seu conhecimento mais abrangente e diferenciado sobre o pensar médico. É um reconhecimento diferente e que deve ser valorizado”, comenta.

 

Com o fim da residência previsto para março de 2026, o futuro especialista está mirando na área acadêmica, pretende dar aulas e formar novos patologistas clínicos. Em adição, espera também atuar em laboratórios, seja como assessor ou na área técnica. 

 

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