Edição Mar-Abr 2025 Publicado em: 13 março 2025 | 17:00h

Patologia Clínica: um caminho de descobertas, ciência e docência

Conheça a trajetória de Lucas Benício, que acaba de terminar sua residência, na construção de uma carreira dedicada à Medicina Laboratorial

Nosso portal de notícias traz a história de Lucas Benício, um residente de Patologia Clínica que acaba de se formar. Nosso objetivo é que outros estudantes de Medicina possam se inspirar em sua história profissional que está começando. 

Ele conta que desde a infância já sonhava em ser cientista e pesquisador. Nascido no interior de Minas Gerais, mudou-se para Belo Horizonte em 2014 para cursar Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Durante a graduação, encontrou na iniciação científica um espaço para explorar sua vocação acadêmica e aprofundar seus conhecimentos em microbiologia, sob a orientação da professora e pesquisadora Silvana Spíndola.

"Ao longo da graduação, descobri um encanto pela clínica e pela semiologia, mas nunca me desvinculei das minhas motivações iniciais. Antes mesmo de me encantar pela Medicina, me encantei pela docência, e esse desejo voltou com força quando precisei decidir os rumos da minha carreira ao final do curso", relembra Lucas.

Foi essa reflexão que, em 2021, o levou a iniciar o mestrado em Infectologia e Medicina Tropical na Faculdade de Medicina da UFMG. Durante esse período, surgiu a dúvida sobre qual especialidade permitiria que ele integrasse a docência, a pesquisa e a atuação médica. "Conversei muito com minha orientadora, e a Patologia Clínica surgiu como possibilidade justamente por oferecer essa versatilidade. Essa especialidade me permite construir um raciocínio clínico-laboratorial fundamentado, consistente e acurado’, ressalta.

Lucas com aluna da graduação

O momento da aprovação na residência foi marcante e simbólico: "Eu me lembro de que recebi a notícia em pé, na porta do laboratório de micobactérias, onde faço pesquisa desde a graduação. Foi um momento muito significativo, porque senti que estava exatamente no lugar onde deveria estar", conta.

Durante a residência, Lucas mergulhou em diferentes áreas do laboratório, com grande afinidade por microbiologia, hematologia e banco de sangue. No entanto, percebeu que a residência carecia de um vínculo mais forte com laboratórios privados. "Falta criar campos de estágio que permitam aos residentes conhecer essa realidade. Isso deveria ser uma iniciativa das coordenações, porque quando tentei por conta própria, encontrei dificuldades. Acredito que nossa sociedade médica precisa discutir essa questão."

No último ano da residência, novas oportunidades surgiram. "Fui incentivado a participar da seleção para professor substituto de Patologia Clínica na UFMG e fui aprovado. A docência me trouxe uma experiência enriquecedora, consolidando ainda mais meu conhecimento e me permitindo conviver com grandes professores da área." Além disso, Lucas também foi aprovado para atuar na Fundação Hemominas como analista de laboratório.

Agora, Lucas se prepara para mais um desafio: o doutorado em Infectologia e medicina tropical. "Minha meta é intercalar uma rotina de trabalho entre o doutorado, a Fundação Hemominas e a docência, para continuar dando vida aos sonhos que me motivaram a chegar onde estou hoje." Seu desejo a médio prazo é focar exclusivamente na academia. "A universidade pública é minha segunda casa, e é nela que quero consolidar minha carreira como professor e pesquisador."

A trajetória de Lucas Benício reforça o impacto e a relevância da Patologia Clínica na Medicina. Sua história mostra que essa especialidade não apenas contribui para diagnósticos precisos, mas também abre portas para quem deseja unir a prática médica à ciência e à educação.

 

Lucas, no dia de sua formatura

 

 

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